quarta-feira, dezembro 07, 2011

Doce de phisalys

Fiquei maravilhado com a phisalys quando fiz o artigo para o jornal O Setubalense, no qual tenho uma rubrica sobre a horta familiar, nas minhas pesquisas fiquei a saber que da phisalys também se faz doce, logo a seguir fiz uma primeira plantação experimental limitada a oito plantas já numa fase avançada de desenvolvimento que no entanto ainda deram bastante e agora já no fim de produção fiz uma limpeza recuperando os frutos maduros com o objectivo de fazer então o tal doce.
 Para começar separei os frutos da phisalys dos envolcros e depois de lavados fiz cozer igual peso de açucar em ponto perola à qual juntei os frutos lavados de modo a cozerem até se formar uma marmelada. Ficou um doce espesso de cor alaranjada brilhante com um sabor caracteristrico e muito perfumado sem qualquer aditivo foi esterelizado e colocado um selo para garantir a man utenção do fecho da embalagem.
Fiquei surpreendido pela frescura do doce, não tenho a certeza que depois da cozedura no açucar os frutos das phisalys guardem os benfeitos medicinais pelas quais este fruto é conhecido se assim fôr é uma boa alternativa para quem não gosta poder consumir esta planta.

terça-feira, dezembro 06, 2011

Receita do toucinho no sal

Mata-mos o nosso porco como manda a tradição, de um só golpe o porco sangrou bem e morreu rapidamente, mas o suficiente para sangrar de modo a que a carne fique bem branquinha, como se pensava antigamente não é no coração que se aponta a faca, pois isso levaria a uma morte rápida de mais e por consequente o porco não evacuaria o sangue de modo eficaz. Todos se entenderam e trabalharam muito bem, toda a operação de limpeza foi rápida.
 O porco ficou pendurado a escorrer para desmanchar no dia seguinte, fize-mos então a cachola tal e qual como nas matanças lá de casa quando eu era miúdo, estava saborozissima, feita num tacho de barro seguindo a receita tradicional.
quando foi a desmancha pose-mos o toucinho no sal, os bocados de toucinho entremeado e do lombo foram bem esfregados no sal e colocados numa caixa que preparamos de avanço além de os bocados não poderem ficar a tocar-se têm que ser bem comprimidos, a tampa terá que ficar a fazer pressão de modo a manter o toucinho comprimido entre o sal e sem ar, de salientar o facto que o sal foi comprado na salina das Pontes, a ultima de muitas que ainda explora o sal que é muito mais natural e saudável.
A matança do porco cá em casa tem como finalidade a alimentação, dispor de carne mais saudável mas obrigatoriamente seguir o máximo de tradições possivél, tanto nos utencílios usados como nos produtos que se retiram do porco em que tudo é aproveitado e nessa tentativa reencontra-mos  sabores que graças à indutrialização mediucre da nossa alimentação quase esquecemos e que vejo muita boa gente a recordar com muita felicidade.